Matter Affect

Matter Affect

A exposição “Matter Affect”, como a participação dos artistas espanhóis Keke Vilabelda e Nora Aurrekoetxea, estrea-se na galeria NO NO de Lisboa.

As obras seleccionadas de Keke Vilabelda, Daniela Ventura Ângelo, Nora Aurrekoetxea, Jong Oh e Pilar Mackenna exploram, de formas muito distintas, esta relação entre matéria e afecto, partindo de uma experimentação sobre os materiais, sobre as próprias substâncias de que são compostos e as forças que concentram, as quais encontram, na passagem a matéria expressiva, uma composição distinta, desenhando um novo campo energético (ou vibração imanente), libertado pelos gestos, pelas linhas, pelas cores.

Este é, ainda, intensificado pelo encontro entre as diferentes obras, produzindo diferentes reverberações e ressonâncias, que aumentam sempre que nos situamos no cruzamento de forças opostas (como por exemplo, entre a força da gravidade e a suspensão, entre peso e leveza) ou entre-forças que actuam por continuidade (entre matérias que se encontram na mesma cadeia de transformação, como por exemplo, do mineral).

Simultaneamente, as ressonâncias, que surgem entre formas nalguns desses encontros, reenviam as forças para a matéria, nesse sentido que ambas –forma e matéria– se constroem mutuamente.

Keke Vilabelda

Sua obra é um jogo plástico através do qual tenta mostrar as ambiguidades e paradoxos da representação da paisagem. Através da pintura, ele aspira a sintetizar essas sensações e restaurar sua materialidade em busca de uma experiência mais estimulante e sugestiva. Em suma, uma pintura híbrida em linguagens e procedimentos, que questiona os limites da paisagem e nossa maneira de percebê-la.

Nora Aurrekoetxea

A sua prática assenta numa forma escultórica de compreender e construir instalações onde diferentes linguagens formais (texto, performance e objetos) partilham o mesmo espaço e tempo. Ela toma os aspectos relacionais, materiais e linguísticos como ponto de partida para forçar encontros e/ou desencontros entre o experiencial e emocional (intocável) e o físico e o objetivo (tocável): um espaço de desejo onde a atração-rejeição em direção ao Outro ocorre formalmente, linguisticamente ou fiscalmente. Isso acontece a partir da forma, da materialidade, acompanhando o processo e abraçando o acidente, mesmo que a narrativa surja posteriormente ou em paralelo.

Intrigada por questões relacionadas aos aspectos emocionais das interações e relações humanas na esfera íntima, incorpora referências à figura, ou a ausência dela, seguindo ressonâncias da arquitetura, traduzindo gestos e comportamentos íntimos cotidianos em formas, estruturas familiares e sua relação com os sistemas mais amplos. Os objetos apresentados em relação com o espaço precisam uns dos outros –funcionando como um sistema co-dependente. Entendendo a instalação como um sistema relacional, interessa-lhe a abertura de significados dentro dos objetos, atentando para a multiplicidade de leituras e camadas que os mesmos objetos podem obter dependendo da relação entre seu contexto e o entorno, onde tudo afeta , se altera e se inter-relaciona sendo a instabilidade das narrativas a estrutura da mesma, um desequilíbrio radical onde a forma pode alcançar sua própria autonomia.

  • Artes visuais
  • Lisboa
  • qua, 8 de junho —
    sáb, 30 de julho 2022

Foro

Galeria NO NO, Rua de, R. Santo António à Estrela 39A, 1350-291 Lisboa
213-974-325

Entradas

Entrada livre

Mais informações

Galeria NO NO

Créditos

Organizada pela galeria NO NO em colaboração com as galerias de Madrid Sabrina Amrani e Juan Silió.

Ferramentas